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Movimento Todos Pela Educação monitora desenvolvimento da Educação no país

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de_olho_nas_metas_2013-14No relatório De Olho nas Metas 2013-14, o movimento Todos Pela Educação – TPE faz um balanço do acompanhamento das 5 Metas pela Educação, indicadores que desenham um caminho a ser percorrido, até 2022, para o desenvolvimento de uma educação de qualidade no Brasil. Os dados dizem respeito a alguns dos principais desafios que o país ainda precisa superar na área educacional, como a inclusão de cerca de 2,8 milhões de crianças, de 4 a 17 anos, na Educação Básica, e o enfrentamento aos motivos que fazem com que apenas 54% dos adolescentes concluam o ensino médio na idade certa.

De acordo com o gerente de conteúdo do movimento, Ricardo Falzetta, as cinco metas coincidem com o próprio lançamento do TPE, em 2006. “Foi um longo processo de diálogo com especialistas em educação, educadores e professores para chegar às questões mais importantes para o país superar em relação à educação”, explica. As cinco metas são: toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano; todo jovem de 19 anos com ensino médio concluído; e investimento em educação ampliado e bem gerido.

O relatório De Olho nas Metas utiliza fontes de dados oficiais, à medida que são divulgados, como os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD, do Censo Escolar e os resultados da Prova Brasil. De acordo com Falzetta, há também metas intermediárias que são acompanhadas para que se possa projetar o quão distantes ainda estamos de alcançar as cinco metas propostas pelo TPE até 2022. Dessa forma, segundo o especialista, é possível observar que houve, nos últimos anos, algum avanço, mas em um ritmo aquém do desejado.

“O avanço existe, mas não alcança as metas intermediárias e, em alguns indicadores, nota-se certa estagnação, o que é preocupante. Isso já vem sendo observado nas últimas edições do relatório, os avanços estão acontecendo, mas em um ritmo mais lento do que deveria. É preciso pressionar as políticas públicas para que haja uma evolução mais rápida, porque de outra forma vamos condenando gerações de jovens e crianças que estão recebendo, quando estão na escola, uma educação com qualidade abaixo da esperada”, avalia Falzetta.

Os pontos críticos, de acordo com o especialista, encontram-se nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Nessas duas etapas educacionais, os dados demonstram um cenário de estagnação e, em alguns casos, de piora dos indicadores. “Quando analisamos por estado da federação, observamos que alguns estados estão com indicadores piores que os da edição anterior do relatório”, conta Falzetta. “Isso precisa ser considerado inaceitável pelas pessoas, pela sociedade em geral, não pode ser banalizado. Não dá para aceitar um indicador educacional regredir. Ou jamais sairemos da situação em que estamos e nunca o país vai evoluir como gostaríamos”, afirma.

Para Falzetta, é importante que a sociedade como um todo se sensibilize quanto ao problema e passe a tomar atitudes em prol da educação. “Em comparação com outros países, talvez a única coisa que deveríamos observar, uma vez que são contextos tão diferentes, é a consideração que a sociedade tem pela educação. Isso precisaria ser igual no mundo inteiro, mas no Brasil ainda não é. Qualquer brasileiro concorda que a educação é importante, mas o que ele faz pela educação?”, indaga.

Confira os principais resultados do relatório De Olho nas Metas 2013-14

Meta 1 – Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola
Em 2013, o Brasil registrou 93,6% da população de 4 a 17 anos matriculada na educação básica, abaixo da meta intermediária proposta pelo TPE para o ano, que era 95,4%. O indicador aponta que precisam ser incluídas no sistema educacional 2.863.850 crianças dessa faixa etária.

Meta 2 – Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos
Com o lançamento, em 2012, do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – Pnaic, o governo federal anunciou a elaboração da Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA. No entanto, os resultados da primeira edição da ANA, realizada em 2013, não foram divulgados de forma consolidada pelo Inep.

Meta 3 – Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano
Em 2013, somente 9,3% dos alunos do 3º ano do ensino médio aprenderam o considerado adequado pelo TPE em Matemática, e 27,2% em Português, valores abaixo das metas intermediárias definidas para o ano, que eram, respectivamente, de 28,3% e 39%. No 9º ano do ensino fundamental, o percentual de alunos com aprendizado adequado em 2013 foi de 16,4% em Matemática e de 28,7% em Língua Portuguesa. As metas intermediárias para essa etapa eram de, respectivamente, 37,1% e 42,9%. Já o 5º ano apresentou 39,5% de alunos com aprendizado adequado em Matemática, e 45,1% em Língua Portuguesa, também não atingindo as metas intermediárias de 42,3% e de 47,9%, respectivamente.

Meta 4 – Todo jovem de 19 anos com ensino médio concluído
Pouco mais da metade dos jovens, apenas 54,3%, conseguiu concluir, em 2013, a etapa final da educação básica na idade considerada adequada. No ensino fundamental, a conclusão até os 16 anos foi alcançada por 71,7% dos jovens.

Meta 5 – Investimento em Educação ampliado e bem gerido
Em 2013, o investimento público direto em educação no Brasil foi de 5,2% do Produto Interno Bruto – PIB. Os dados de investimento específico em educação básica, hoje no patamar de 4,4%, mostram uma tendência de crescimento desde 2000, quando era de somente 3,2%.

Bernardo Vianna / Blog Educação


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